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terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Com títulos e convocação, Arouca avalia 2012 e projeta renovação com o Santos

Por ESPN.com.br com Agência Gazeta Press. Se o Santos encerrou a temporada 2012 com a sensação de que poderia ter obtido melhores resultados no seu centenário, apesar das conquistas do tricampeonato paulista e da Recopa Sul-americana, o ano pode ser considerado bastante positivo para o volante Arouca. Um dos principais jogadores da equipe praiana na atualidade, o meio-campista destacou, em entrevista exclusiva à 'Gazeta Esportiva.net', que teve o seu maior sonho realizado neste ano, com a convocação para a Seleção Brasileira. Arouca recebeu algumas oportunidades de defender o time canarinho com o ex-técnico da Seleção, Mano Menezes, antes de o treinador ser substituído pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) – Luiz Felipe Scolari, o Felipão, é o novo comandante. O volante, que está desde 2010 na Vila Belmiro, também falou sobre as suas expectativas com relação ao Peixe para a próxima temporada. Além disso, Arouca revelou que, mesmo assediado por outras agremiações, não pretende deixar o Alvinegro Praiano e, ainda por cima, deve negociar a sua renovação contratual com o Santos, quando retornar das férias. Veja abaixo o bate-papo com o volante Arouca: Gazeta Esportiva.net: Com o final da temporada, qual avaliação faz do ano do Santos? Arouca: A avaliação é boa. Ganhamos dois títulos, mantendo a média (de conquistas) que o Santos tem desde 2010. Claro que gostaríamos de ter vencido novamente a Copa Libertadores da América e voltado ao Mundial de Clubes da Fifa, mas não foi possível. No Brasileiro, infelizmente, também não tivemos o desempenho esperado. Queríamos lutar pelo título ou, na pior das hipóteses, classificar para a Libertadores. Só que não foi possível. Por que o time não conseguiu fazer uma boa campanha no Brasileirão e se classificar para a Libertadores 2013? Começamos o Brasileiro quando a Libertadores ainda estava em andamento (mata-mata da competição) e, quando você deixa para depois, é complicado para recuperar lá na frente. Além disso, nós tivemos alguns problemas com a saída de alguns jogadores, lesões e convocações para a Seleção Brasileira. Acredito que tudo isso deixou ainda mais complicada a nossa recuperação. Fora isso, o Campeonato Brasileiro é um torneio com grandes equipes e muito difícil. Como eu disse: correr atrás é sempre mais difícil. E não tivemos a regularidade que desejávamos. No ano que vem, o Santos está fora da Libertadores e irá jogar somente o Paulistão no primeiro semestre. Esse fator aumenta a cobrança para ganhar o título estadual pela quarta vez consecutiva? Acho que quando você joga em time grande sempre tem cobrança, independentemente dos campeonatos em questão. Por isso, no meu modo de ver (a pressão) é a mesma. Mas, seja como for, nós estamos preparados para as cobranças. Durante três anos seguidos conquistamos o Paulistão, algo que só tinha acontecido na época do Pelé (a última vez havia sido na sequência obtida com os títulos de 1967, 1968 e 1969). Porém, espero que em 2013 não seja diferente e possamos conquistar o tetra. Mesmo com seis títulos em três anos, ainda não venceu o Campeonato Brasileiro pelo Santos? É possível afirmar que, até mesmo pela ausência na Libertadores, a Série A terá uma importância maior para o Peixe em 2013? Nunca ficamos totalmente satisfeitos. Queremos sempre melhorar e, como não conseguimos o título da Libertadores, sabemos que precisamos voltar a conquistar campeonatos importantes no ano que vem. E esse elenco ainda não venceu o Brasileirão. É uma competição que nós ainda não vencemos e, sem dúvida, vamos nos dedicar ainda mais no ano que vem para poder ganhá-la. Falando sobre Seleção Brasileira, a sua convocação demorou um pouco para acontecer, mas você teve algumas oportunidades nesse ano. É possível dizer que foi um sonho realizado? Sem dúvida. Sempre deixei claro que esse era um dos principais objetivos da minha carreira e trabalhei forte nos treinos e nos jogos, campeonato após campeonato, para ter essa oportunidade. Fiquei muito feliz quando fui chamado pela primeira vez. A alegria foi a mesma nas outras convocações, porque sempre é bom vestir a camisa do seu país. Com a saída de Mano Menezes e a escolha de Luiz Felipe Scolari como o seu substituto, acredita que voltar a Seleção será mais difícil. Por outro lado, já é possível sonhar com uma vaga no grupo que irá disputar a Copa das Confederações e, também, a Copa do Mundo? A chegada do Felipão não aumenta, nem diminui as minhas expectativas. O que vai me levar para a Seleção vai ser o meu desempenho no Santos. Tenho certeza de que ele está observando atentamente quem se encaixa na filosofia de trabalho dele. Quero começar o próximo ano com um rendimento forte, para ser lembrado pelo Felipão. Sobre a Copa, ainda é um pouco cedo. Vamos ter a Copa das Confederações no ano que vem e o meu objetivo é construir a minha trajetória na Seleção, de passo em passo, para eu ser lembrado mais vezes. Preciso mostrar as minhas qualidades para essa nova comissão técnica. Sobre o futuro, ficou sabendo do interesse de Atlético-MG e Milan na sua contratação. Pensa em sair? (Nota da reportagem: Werder Bremen e Fiorentina tentaram a sua contratação no meio do ano) Sobre o Atlético-MG só soube pela imprensa mesmo. Ninguém me procurou diretamente, muito menos alguém do Santos chegou para falar comigo sobre isso. Do Milan, a mesma coisa. Em relação a uma transferência para o exterior, eu não me preocupo muito com isso. Estou vestindo a camisa do Santos com muito orgulho e dedicação. Tenho contrato até agosto de 2014 e espero cumpri-lo. Sobre a sua situação contratual, é verdade que o Santos pretende negociar uma renovação contratual? Pelo que o meu empresário (Richard Alda) me passou, é verdade. Não estou muito por dentro, mas ele comentou comigo que a diretoria do Santos queria sentar para conversar sobre essa possibilidade. A negociação (para estabelecer a ampliação do atual vínculo) deve começar em janeiro, quando eu retornar das férias, visando a pré-temporada. Mas só de ele (procurador) ter falado sobre esse interesse por parte do Santos, eu já fico feliz. É algo que me deixa orgulhoso e aumenta a minha auto-estima. Fico satisfeito com esse reconhecimento e espero que dê tudo certo. Depois de três anos no Santos, você consegue avaliar quais razões lhe levaram a boa fase que vive na Vila Belmiro. Quando você se transferiu para o Peixe, depois de uma passagem irregular pelo São Paulo, esperava se tornar um dos principais jogadores do clube? A gente sempre espera desempenhar um bom papel quando vai para um novo time. Como não fui muito feliz no São Paulo, eu vim para o Santos com a mentalidade chegar aqui e mostrar o meu valor, de verdade. Tive mais oportunidades para jogar e me adaptei rápido, tanto ao clube quanto a vida na cidade. O Santos me abriu as portas e essa confiança por parte deles foi super importante para mim. Acho que consegui retribuir com muito trabalho e conquistei vários títulos, o que deixa o seu nome marcado na história do clube. Jogando aqui, cheguei à Seleção. Por isso, eu penso em ficar mais tempo por aqui. Estou muito feliz no Santos. Para encerrar, com o final da temporada, você está de férias. Mas muitos atletas costumam incluir os já famosos “jogos de fim de ano” na programação, mesmo durante o período de descanso. Você pretende participar de algum ou irá apenas descansar durante as férias? Ainda não sei (se estará em alguma partida beneficente). Por enquanto, a minha programação é aproveitar ao máximo a minha família. Até porque, nesse último mês eu viajei bastante com a Seleção. Passei muitos dias na concentração, vários jogos e eu fiquei algum tempo ser ver a minha filha (Valentina) e a minha esposa (Lailane). Depois de viajar (para os Estados Unidos), vou descansar um pouco no Rio de Janeiro. Até porque o próximo ano promete ser ainda mais pesado.

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