De Zito a Arouca, camisas 5 são peças-chave para a formação dos maiores meios de campo do futebol brasileiro.

Arouca caiu nas graças dos santistas desde sua chegada em 2010.
Mais do que simples homens de marcação. Assim, podem ser classificados os principais volantes dos 100 anos do Santos FC. Tradicionalmente dotados de técnica e habilidade, foram peças-chave para a formação dos maiores meios de campo da história do futebol brasileiro, tendo em Urubatão, Zito, Clodoaldo, César Sampaio e Arouca seus principais expoentes.
Na década de 1950, quando o Peixe começou a trilhar o caminho de grandes títulos, o principal destaque da posição foi Urubatão. Volante de muita marcação, boa técnica e grande personalidade, era um verdadeiro xerife dentro de campo. Chegou ao santos FC em 1954, vindo do Bonsucesso-RJ. Estreou pelo Peixe em 12 de fevereiro daquele ano, na vitória sobre o Guarani por 3 a 2, na Vila Belmiro. Foi negociado com o futebol mexicano em 1961.
Depois de Urubatão, Zito foi quem escreveu seu nome na história da camisa 5 santista. Bicampeão Mundial (1962-1963), era muito mais que um marcador. Não foram poucas as vezes em que lançou Pelé e Coutinho ao ataque, dando início a belas jogadas de gol. Atuou no time por 15 anos (de 1952 a 1967). Zito era o grande comandante daquela equipe dentro de campo. Quando os jogadores santistas ameaçavam diminuir o ímpeto, lá vinha o capitão ordenando raça e vontade. Nem Pelé era poupado das broncas.
Após Zito, a camisa 5 santista ganhou um herdeiro à altura. Clodoaldo assumiu o posto aos 17 anos e, aos 20, foi o caçula da Seleção Brasileira titular campeã do mundo em 1970. Tinha as características de um volante moderno, pois sabia marcar e atacar. Poderia ter jogado por mais tempo, mas com uma lesão no joelho, deixou os gramados aos 29 anos.
No meio da década de 1980, o Peixe teria outro grande nome na posição. Com muita força física e vontade, César Sampaio iniciou sua carreira vitoriosa nas categorias de base do Peixe. Era o principal destaque santista quando foi negociado com o Palmeiras. Foi um dos destaques do Brasil na Copa do Mundo de 1998.
O atual camisa 5 santista é um dos ícones da equipe campeã da Copa Libertadores 2011. Arouca iniciou a carreira nas divisões de base do Fluminense. Neste período, também defendeu a Seleção Brasileira Sub-17 e venceu o Mundial da categoria, em 2003. Tornou-se profissional também na equipe carioca, onde conquistou a Copa do Brasil 2007, o Campeonato Estadual de 2005 e o vice-campeonato da Libertadores 2008.
Após uma passagem pelo São Paulo, Arouca chegou ao Santos FC no início de 2010, temporada em que a equipe conquistou o título da Copa do Brasil e do Campeonato Paulista. Em 2011, marcou o primeiro gol da vitória por 2 a 1 sobre o Corinthians, na decisão do Campeonato Paulista. Na final da Libertadores, iniciou a jogada para o gol de Neymar, que abriu o placar para o triunfo por 2 a 1, contra o Peñarol (Uruguai).