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sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Academia Brasileira de Letras homenageia Martinho da Vila

Rio - Com diversos livros no currículo, Martinho da Vila foi homenageado ontem na Academia Brasileira de Letras. O cantor e compositor (que é colunista de O DIA) participou da série ‘MPB na ABL’, com o espetáculo gratuito ‘Martinho da Vila — 45 Anos de Carreira’, no Teatro R. Magalhães Jr., na sede da academia. O teatro, com 280 lugares, ficou lotado e precisou de cadeiras extras para acomodar o público. Conduzido pelo jornalista e musicólogo Ricardo Cravo Albin, o evento teve um animado bate-papo sobre a vida de Martinho, entremeado por sucessos da carreira do artista — que foi acompanhado pelo violão de Gabriel de Aquino, 21 anos, filho do violonista João de Aquino. Martinho lembrou, por exemplo, da música ‘Casa de Bamba’, que estourou primeiro em São Paulo. “Naquela época, Rio e São Paulo eram muito mais distantes do que hoje. Era difícil ir de um lugar para o outro e as pessoas das duas cidades eram bem diferentes. Então, o apresentador José Messias conheceu essa música em São Paulo e me chamou para o programa dele. Cheguei, e ele: ‘Dizem que São Paulo não tem samba, mas tem uma joia que eu trouxe hoje. Com vocês, Martinho da Vila! E a música foi logo tocando. Eu queria explicar, mas não tive como. Depois, ele vira: ‘Martinho, que maravilha! Você é da Vila Mimosa, da Vila Matilde, da Vila Mariana?’ Eu falei: Eu sou daqui mesmo, de Vila Isabel”, riu. Além de uma divertida versão para ‘Menina Moça’, adaptada para os dias de hoje, o público cantou junto sucessos como ‘O Pequeno Burguês’ e ‘Renascer das Cinzas’ — que também teve sua história revelada no encontro. “Teve um ano em que a Vila Isabel foi muito mal. O enredo era ruim, o samba, pior ainda (risos). A escola quase caiu. Ficou todo mundo para baixo, então fiz uma música para levantar o ânimo. Só que, quando cantei, todo mundo começou a chorar”, contou ele.

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