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sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Produção de orgânicos cada vez mais forte na Região Serrana do Rio

Cultivo fortalece agricultura familiar dos municípios da região. Os produtos orgânicos vem ocupando espaços cada vez maiores no cotidiano das pessoas. Seja nas prateleiras dos supermercados, nos restaurantes ou nas feiras, os orgânicos nunca estiveram em tanta evidência. São frutas, hortaliças, grãos, derivados do leite e carnes produzidos com respeito ao meio ambiente e sem a utilização de substâncias que coloquem em risco a saúde do homem do campo e dos consumidores. Alimentos orgânicos (origem vegetal e animal) são aqueles obtidos em sistemas de produção onde não são utilizados agrotóxicos, adubos químicos ou substâncias sintéticas. Têm como base princípios agroecológicos que contemplam o uso responsável do solo, da água, do ar e dos demais recursos naturais. Tudo isso para reduzir a contaminação e o desperdício desses elementos, contribuindo, assim, para o desenvolvimento sustentável. Para estimular as práticas agroecológicas e apoiar quem já atua na área, a secretaria estadual de Agricultura e Pecuária criou o programa Cultivar Orgânico, que prevê recursos financeiros para investimento nas lavouras e assistência técnica para produção e a aproximação com os circuitos de comercialização. Para ter acesso ao programa, o interessado deve obter mais informações nos escritórios locais da Emater-Rio. No Brasil, a qualidade dos produtos orgânicos é garantida por diferentes maneiras. Uma delas é pelos Sistemas Participativos de Garantia (SPG), que caracterizam-se pelo controle social, pela participação e pela responsabilidade solidária no cumprimento dos regulamentos da produção orgânica. Um SPG é composto pelos próprios membros do sistema - fornecedores (produtores rurais, distribuidores, armazenadores e transportadores) e colaboradores (consumidores e organizações) - e por um Organismo Participativo de Avaliação da Conformidade (OPAC), que é a entidade que assume a responsabilidade pelas atividades desenvolvidas num SPG. No território fluminense, esse OPAC é a Associação de Agricultores Biológicos do Estado do Rio de Janeiro (Abio). Os SPGs promovem visitas de verificação nas propriedades para troca de experiências entre os participantes. Elas acontecem, no mínimo, uma vez ao ano. Os responsáveis pela vistoria precisam ter acesso livre às instalações e registros das unidades de produção. Na Serra, existem quatro grupos de SPG: Petrópolis, Teresópolis, São José do Vale do Rio Preto e Nova Friburgo (que inclui produtores de Sumidouro, Bom Jardim e Duas Barras). De acordo com o consultor em agroecologia do Rio Rural, Eiser Felippe, é o SPG que inclui o produtor familiar na agricultura orgânica, barateando o processo de certificação. “A principal vantagem do SPG é a integração entre os agricultores. São quatro membros do grupo que fazem as vistorias. Trimestralmente, há a troca de um deles. Concluído esse processo, a Abio emite a certificação de conformidade orgânica, com validade de 12 meses”, explicou.

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