
Mas ao mesmo tempo que a música clássica lhe tomava boa parte do dia, o samba estava ali, sempre à espreita. "Ouço samba desde pequena. Ia aos shows do meu pai. Para mim, sempre foi tranquilo transitar nos dois universos", diz. Em casa, escutava, ainda, muita MPB: Djavan, Chico Buarque, Paulinho da Viola, só para citar alguns nomes. Dessa convivência musical, nasceu seu disco de estreia, Maíra Freitas, recém-lançado pela Biscoito Fino.
Neste trabalho, ela queria que o repertório soasse como uma extensão desse ecletismo. Sempre ao piano, executa alguns clássicos que são de seu gosto, como O Show Tem Que Continuar, Maracatu Nação do Amor e Disritmia - esta última, de autoria de seu pai e com participação dele. Além de tocar piano, Maíra estuda outro instrumento: a voz. "O canto veio há pouco tempo. Sempre cantei, mas em casa, festas, rodas de samba. E sempre fez parte do estudo do piano", conta a filha de Martinho. "No ano passado, fiz canto coral na faculdade. Meu pai me ouviu cantando e me chamou para participar do último disco dele".
No caso, a música Último Desejo, do CD Poeta da Cidade - Martinho Canta Noel Rosa, de 2010. Essa participação, em especial, chamou a atenção de Olivia Hime, diretora artística da gravadora, que propôs à pianista um disco só dela. Sua irmã, Mart'nália, foi recrutada para assinar a produção. Além de pianista e cantora, Maíra quis se expor como compositora. E entre músicas de Paulinho da Viola (Só o Tempo), Joyce (Monsieur Binot), Gonzaguinha (Recado) e Chico Buarque (Mambembe), incluiu suas Corselet, Alô? e a instrumental Se Joga. Maíra deve sair em turnê a partir de maio.
As informações são do Jornal da Tarde.
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